sábado, 31 de janeiro de 2009

Permissão de si
29/01/2009

Me permita,
Ao menos olhar-te.
Não posso lhe tocar,
Mas não é proibido olhar-te, certo?
Me permita.
Peço permissão,
Para olhar-te,
Por mais uns segundos infinitos.
Porém, confesso,
Que lhe admiro de longe,
Pois seria impossível
Estar ao lado,
E não lhe tocar.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009


Currículo de Vida
26/01/2009

A vida pode ser comparada a um currículo,
Pois nela estão contidas experiências.
Por ela passam pessoas, atos, fatos, falas,
Sentimentos, emoções, conquistas, obstáculos,
Cores, sons e movimentos.
Espaços, os quais se tornam lugares, se os damos significados.
A vida pode ser e deve ser assim como um currículo,
Sempre incrementada de novas experiências.
Cada um deve escrever ou reescrever seu currículo,
Não há quem o faça por nós,
Porque somos semelhantes,
Mas seres únicos.
Quero
29/01/2009

Tenho inveja do sol que te aquece.
Tenho inveja da chuva que molha seus cabelos.
Não perdoo quem te chateia.
Sou capaz de gritar seu nome,
E fazê-lo ecoar em um arranha-céu.
Sou capaz de debruçar-me sob o que temo,
E fingir que não estar assustada.
Não posso ser somente sua admiradora.
Não quero estar em sua lista de amigos.
Quero completar seu ser.
Almejo seguir contigo e perpassar qualquer...
Qualquer rochedo ou dilúvio.
Quero ser sua cúmplice, meu amado “abrigo”.
Quero ser inimiga da saudade e do amor platônico.
Não quero sonhar, quero realizar.
Quero você!

domingo, 25 de janeiro de 2009

Voz de Profeta
23/01/2009

Ele vos falou,
Ele vos anunciou,
E enfim os chamou,
Não houve como
Ressistir, pois Ele,
Seduziu-vos.
Sua voz era doce,
Suave e poetisava,
Pois era profeta.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A CURA
27/07/208

A cura está no contato, no tato, no ato.
É o contato que cura.
Nada substitui o contato visual,
É o olhar que cura.
Na verdade... a presença visual, corporal e sentimental é a cura do homem.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Poemeto
13/01/09


Já que a moda é diminuir, eis um poemeto.
Poeminha de promessa, de jura e amor.
Primeiro amor... entrega do mais puro sorriso e do sincero sentimento.
Início da paixão lunar, de profecias e Vinícius de Moraes.
Paixão pelos trovadores, heróis e princesas medievais.
Amor sem interesses. Somente de carinhos inocentes.
Mistura de paixão e amor, com combinação de estrondosa felicidade.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Panacéia
12/01/2009

Pan – olimpíadas,
Pan – carnaval,
Pan – fórmula 1
Pan – manchete de jornal,
Pan – crise mundial,
Pan – noticiário plantão,
Guerras orientais e
panacéias globais.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Cupim da Realidade
10/01/2009

Fujam! Ela está aí,
Desde que o mundo é governado por nós.
Oh, não! Não deixemos que ela alcance seu plano.
Ela, ela, não deve nos enfeitiçar.
Cuidado! Ela se alastra com um simples canto de sereia.
Tem sido uma epidemia,
E transforma a vida em caos.
Devemos, devemos ser fortes.
Fortes como animais,
Como hienas em fúria.
Certos do que não queremos.
Prontos para recusar seu plano de ser cupim da realidade.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Coisificação do Homem
18/10/2008

Quisera ele entender o porque, eu lhe disse:
O homem está “coisificado”.
Quando lhe toco nem consigo
Sentir seu órgão pulsador.
Quando pego-lhe as mãos
Tão pouco sinto o calejo.
Não consigo conversar com ele,
Ele tem uma mesa de poker
E eu uma vara de pescar,
Uma máquina do futuro
E eu poesias e livros.
Consegue projetar-se ao longe
E eu somente no espelho e nos sonhos.
Mas, sei que algo tenho de muito valioso
Que ele não tem.
Não tenho como ele, mas sou,
Sou eu que existo,
Que sei viver e não me perco em finezas,
Mas me perco entre os simples
Que sabem rir, abraçar e viver bem
A dádiva da vida.

Informatização do Amor
18/10/2008

Conversas informatizadas,
Opções das transformações rápidas do mundo.
Perguntas como quer teclar ou quem é você?
Soam romantismo robotizado.
E se perde por vezes o primeiro olhar, pois
Hoje está na moda o primeiro teclar.
E o abraço, esse é um abraço virtual
Que não satisfaz quem distante está
E somente disfarça a saudade.
E o amor, esse fica perdido entre fios, abreavições e teclas.

Sabedoria Ingênua



18/10/2008

Quando penso eu que não sabes, me engano,
Porque sabes tudo que não sei.
A simplicidade transpassa sua pele e vida.
Nas horas a fio tens muito a dizer
E eu somente a vislumbrar cada sopro e expressão em seu falar.
E me pego decidida que nada sei
Diante de sua sabedoria tão ingênua e discreta que repercute luz e calmaria a vida.
"Desrespeitanto os fracos, enganando
os incautos, ofendendo a vida,
explorando os outros, discriminando
o índio, o negro, a mulher não estarei
ajudando meus filhos a ser sérios,
justos e amorosos da vida e dos
outro. "(p.67)
Paulo Freire

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Sentimentos Soltos
29/01/08


Sentimentos não são medidos,
Nem tão pouco compreendidos.
Sentir é voar sem saber que se voa,
E por vezes nem o por que.
Soltos são os sentimentos,
Como quebra-cabeças, tentamos encaixá-los a um esquema definido.
Pobres homens, nunca conseguirão montar os sentimentos,
Pois suas peças se encontram no coração,
E este órgão bate forte não com a razão, mas, como algo que não se pode ver,
Simplesmente sentir.
Então, novamente sentimos, simplesmente sentimos...
Será que sentimos e somos, ou somos e sentimos?
O que podemos dizer sobre isto?
Nada, pois somente sentimos.
Análise
02/12/2008

A vida o que é?
Não sei.
Sei que a vida tem duas raízes,
O bem e o mal.
Sei que a espera no outro sempre é grande,
Mas que em nós mesmos muitas vezes.
Sei que erramos quando buscamos sozinhos,
E também quando não buscamos, porque estamos sozinhos.
Sei que a independência nem sempre é a que queremos,
Mas também não permitimos que o outro se liberte.
Sei que a vida é procura constante, de sei lá o que...
Não sei o que é a vida,
Mas sei que ela existe,
E os personagens dela somos nós,
Que não precisamos compreendê-la e sim vivê-la,
Da melhor forma, sendo a paz a melhor medida.

Lapida-me Pai
(18/11/07)

Pai, lapida-me, lapida-me
Misericórdia de espinhos,
Salvação de Chagas,
Se tu é meu Pastor, não temerei
Não, eu não cairei por terra.
Lapida-me como diamante,
Molda e retira as amarras do meu coração.
Lapida meu Ser, como se lapida uma jóia rara.
Pai, clamo por sede e fome de amor.
Seu amor invade minha alma
Teus olhos reconhecem minha angústia
Minhas lamúrias e já não posso
Mais com as correntes, com o mar em fúria.
Lapida-me como argila, nas mãos do artista.
Que eu seja uma obra de arte em tuas mãos.

RECEITA DE FELICIDADE POR CARLOS DRUMMOND

Desejo a você...
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não Ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender uma nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho brancoBolero de Ravel
E muito carinho meu.

A natureza se esvai...
2006

A natureza é pureza, inocência, é transparência e também extrema indefesa.
Nós somos egoístas, a ponto de não deixarmos que nossos filhos, vejam o mar que um dia vimos, e que hoje vai sumindo... se esvaindo...
Não somos capazes de preservar o que é nosso, está aqui, frente aos nossos olhos e que nos garante a vida.
Ela é como mãe que adota e cuida, mas, somos filhos ingratos.
O mesmo mar que nos restaura, que nos alegra, já não é o mesmo, tudo flui.
Não deixaremos que outros possam descansar e se encantar com esse mar. Talvez, também nós, não possamos terminar nossas vidas observando o mar, e o vento que nos refresca, nem mais eco fará.
É... nossas escolhas estão cada vez mais imundas, como o mar. Já estamos deixando pobreza, desgraças, deixaremos-os também sem ar?
Estão sempre a nos alertar, mas o homem é feito de teimosia, rebeldia e vaidade.
O mar nos implora, nos clama através dos alarmes, mas o mundo capitalista não nos permite sequer meditar. Muitas vezes nem sabemos o que fazemos, porque fazemos e nem nos conhecemos!
Mesmo assim, a natureza não desiste de nós, pois todo dia não me falta ar pra respirar! Pra mim, e pra você falta?
Salvemo-la! Está sumindo... e cada vez vai se esvaindo... está indo... indo... ndo... do... d... o

A Libertação do Fim

A Libertação do Fim

Estávamos envolvidos pelo encontro angelical dos anjos, porém, permanecia o momento do despertar.
Tudo bem que faltasse diálogo, deveras faltasse amadurecimento.
Não era eu tua águia, mas nem tu meu beija-flor.
A liberdade que tu desejava de mim, a ti não pude ofertar.
E o enlaçamento a mim, tu também não pudeste apresentar.
Na verdade foi a “luta dos contrários”. Eu te libertei e tu ficaste preso a mim, por perdurosos e finalmente dias...

PÉTALA MULHER

Pétala
Azul anil,
És muito mais do que já se viu e sentiu
Recobres teus jardins, com o que mais belo
Podes oferecer.
Nem percebes que seu viver se concretiza no estupendo do amor.
Podes desejar, fazer e ser, tudo o que quiseres.
Possui autonomia singular e admirável.
És quem és, e por tudo que és,
Somente podes ser “mulher”.




08/03/2008
Debora de Paiva