quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Coisificação do Homem
18/10/2008

Quisera ele entender o porque, eu lhe disse:
O homem está “coisificado”.
Quando lhe toco nem consigo
Sentir seu órgão pulsador.
Quando pego-lhe as mãos
Tão pouco sinto o calejo.
Não consigo conversar com ele,
Ele tem uma mesa de poker
E eu uma vara de pescar,
Uma máquina do futuro
E eu poesias e livros.
Consegue projetar-se ao longe
E eu somente no espelho e nos sonhos.
Mas, sei que algo tenho de muito valioso
Que ele não tem.
Não tenho como ele, mas sou,
Sou eu que existo,
Que sei viver e não me perco em finezas,
Mas me perco entre os simples
Que sabem rir, abraçar e viver bem
A dádiva da vida.

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