domingo, 27 de dezembro de 2009

27/12/2009


Pedalando e voando


E quando acionamos o pedal...
Eis que voamos e
Descobrimos um universo de paz e
Sintonia com a mãe natureza.
Encharcamos friamente nossos corpos e
A alma com luz e alegria.
Nos aventuramos como crianças,
Na emoção das pedaladas, na inversão das horas e
Na submersão das águas.
Enfim, conquistamos a cidade com nosso sorriso singelo e
Mais uma vez acreditamos no significado da amizade.


Debora de Paiva

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

No meio da tarde a chuva rega todas as classes de telhado impiedosamente. Entro em casa respingada. Sapatos na mão, olhos em arrepios pela revoada de gotas geladas. Na cozinha uma cena duplica-se em ternura. Desprovido de guarnição ou alarde, ele recebe-me como num solstício sem lançar suspeitas. Dedos embebidos no sumo de limões-cravo, acariciando cuidadosamente o peixe que descansa impecável na brancura da travessa espessa. Ainda incrédula àquela ação, abraço-o pelas costas num alvoroço festivo. Adepto, a carnes gordurentas e lingüiça apimentada eu o vejo naquele cardápio lírico zelando peixes. Não tive como deixar de puxar o fio da saudade e me redimir de toda pressa. Revi a cesta envelhecida de corda onde ficava o pão francês, ao lado dos pratos de ágata com borda de flor. A prateleira desprovida de cristais ou louças raras. A mesa de madeira idosa ressecada de estrias. O cheiro da infância posta na minha alma arrebatada e esperançosa. O amor aventurando-se morno, limpo e decifrável. Folheando um livro novo no meu rosto com lembranças de vó,farinha e mel. As cartas começaram assim; assunto calmo reportado às feiras literárias, noites de inverno, céu que vira dormitório de estrelas, e outras papoulas e cais. Lambi os beiços. O cheiro do peixe fazia-me refém daquele aguardo, enchia a casa. Não quis mais desperdiçar nenhum fiapo serenoso do amor naquela tarde.

Zenilda Lua

domingo, 22 de novembro de 2009

Estrelado
21/11/2009
Se a chuva chove molhado,
porque não chover estrelado?
Debora de Paiva

Sem título

E se fez a luz
para iluminar
humanos "perdidos",
em meio a tanta vida.

Debora de Paiva

21/11/2009

Homens

Basta que chova para nos perturbar,
e que aqueça para se reclamar.
Basta que sejamos homens,
para demarrar nossas dores.

Debora de Paiva

21/11/2009

Sussurros

Na escuridão do apagão,
se houvem os sussurros de
uma multidão.

Debora de Paiva

21/11/2009

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Insônias
28/10/2009


Há insônias indispensáveis!
A insônia de amor,
Que é sempre compensada com o rosto da pessoa amada.
A insônia de euforia,
Que traz fleches de entusiasmo e alegria.


Debora de Paiva
23/10/2009
Amigos

Amigos são como um vício de amor, carinho, alegria e muita, muita vida.
E é por um amigo e com ele que conseguimos viver,
apesar de qualquer dor que se sinta.
A amizade dignifica o homem
e é por isso, que amigos são sempre bem vindos em minha vida.

Debora de Paiva

Há...
23/10/2009

Há amigo de sorriso
Há amigo que é sucinto
Há amigo que é abraço
Há amigo que é de laço
Há amigo que é de mesa
Há amigo que é presença
Há amigo de distância
Há amigo para comilança
Há amigo de fé
Há sempre um amigo de pé.

Debora de Paiva


23/10/2009
Versos e Rimas

Estou sem rimas nos últimos tempos,
Mas nem por isso me permito deixar de escrever meus versos,
Que não rimam, mas produzem sonoridade e singeleza poética.

Debora de Paiva

23/10/2009
Um abraço

Por mais que um abraço seja dado de forma tímida,
Esse deveria ser um ritual sagrado,
Pois quem abraça,
Une-se ao da sua espécie,
Em corpo e alma.

Debora de Paiva

terça-feira, 6 de outubro de 2009

ESTOU
ANTOLOGIADA
PELA
UNIVAP!!!!!!!!

domingo, 23 de agosto de 2009

TCC
23/08/2009
Tecendo
Conhecimentos
de um Curso
Também aqui há poesia!!!!
Debora de Paiva
Alcançar-te
23/08/2009


Seus olhos são fortes, são lindos
Como pode existir tão puro olhos?
Olhos envolventes, expressivos e lindos!
Tão lindos como as jabuticabas no pé
Que se pode colher e esperar mais
São elas tão profundas, como são seus olhos.
Profundo oceano negro, cheio de sonhos
Coloridos e vibrantes.
Olhos fiéis e observativos, repletos de paz e fé.
Seus olhos são inesquecíveis.
Confesso,
Que lhe admiro de longe,
Pois seria impossível
Estar ao lado,
E não lhe tocar.
Por isso imploro que,
Me permita,
Ao menos olhar-te.
Não posso lhe tocar,
Mas não é proibido olhar-te, certo?
Me permita.
Peço permissão,
Para olhar-te,
Por mais uns segundos infinitos.
Seu acanhamento inocente, o torna
O mais encantador menino luz
Luz de estrelinhas
Brilhantes e cintilantes,
Que reluzem em seu rosto com pudor
Pudor, pura inocência.
Inocência de coração nesta
Transparente estação da vida.
Não nego,
Tenho inveja do sol que te aquece.
Tenho inveja da chuva que molha seus cabelos.
Não perdoo quem te chateia.
Sou capaz de gritar seu nome,
E fazê-lo ecoar em um arranha-céu.
Sou capaz de debruçar-me sob o que temo,
E fingir não estar assustada.
Não posso ser somente sua admiradora.
Não quero estar em sua lista de amigos.
Quero completar seu ser.
Almejo seguir contigo e perpassar qualquer...
Qualquer rochedo ou dilúvio.
Quero ser sua cúmplice, meu amado “abrigo”.
Quero ser inimiga da saudade e do amor platônico.
Não quero sonhar, quero realizar.
Estes dias,
Por um instante, pude
até sentir-te.
Mas era somente o vento,
sussurrando seu nome aos meus ouvidos,
e amaciando meus cabelos.
Continuo,
Me perdendo de noite
Me perdendo de dia
Contemplando...
Contemplando... você.
E gostaria desse jeito seu,
Tão meu.
Desses olhos seus,
Nos meus.
E de nós, a sós.

Debora de Paiva

domingo, 16 de agosto de 2009

Pura Poesia

Jeito de mato
Paula Fernandes
Composição: Paula Fernandes e Maurício Santini

De onde é que vem esses olhos tão tristes?
Vem da campina onde o sol se deita
Do regalo de terra que o teu dorso ajeita
E dorme serena, no sereno sonha
De onde é que salta essa voz tão risonha?
Da chuva que teima, mas o céu rejeita
Do mato, do medo, da perda tristonha
Mas, que o sol resgata, arde e deleita
Há uma estrada de pedra que passa na fazenda
É teu destino, é tua senda, onde nascem tuas canções
As tempestades do tempo que marcam tua história
Fogo que queima na memória e acende os corações
Sim, dos teus pés na terra nascem flores
A tua voz macia aplaca as dores
E espalha cores vivas pelo ar
Ah..Ah...Ah...
Sim, dos teus olhos saem cachoeiras
Sete lagoas, mel e brincadeiras
Espumas ondas, águas do teu mar
Ah..Ah...Ah...
Ee La Ia

terça-feira, 4 de agosto de 2009

04/08/2009
Pai

Fases, não me permitem
Esquecer, que foi tu e é você,
Que me amou quando apenas ouvia
As batidas do meu coração.
E que me ama, mesmo quando digo
Que quero ir longe, sem as asas da tua proteção.
És aquele cobertor que me acolhe,
Nos momentos de frustração.
Mas, também quem me corrige com amor.
Às vezes cansado, por vezes quieto,
Mas com certeza homem pensativo,
Sobre como fazer o bem.
És o homem que me ensinou, a ser eu mesma
E amar sempre, o que há de mais simples na vida.

Debora de Paiva
04/08/2009
Talvez...

Talvez o sol brilhe amanhã.
Pode ser que ele esteja tristonho,
E decida isolar-se
Por instantes.
Mas, também pode ser possível,
Que ele resolva se vestir e
Se produzir pra mim.
Ah, se isso acontecer,
Estarei de braços estalados,
Para receber aquele, que me
Faz sentir saudades e saudades!
Debora de Paiva
04/08/2009

Reluzindo tambores

Reluziu em mim,
Plumas de alegria,
E bateu como tambor em festa,
Meu coração;
Quando lhe viu chegar, sem avisar.
E arrastaram-se dentro de mim,
Emoções sem resposta e sem fim.
Reluziu em mim,
A vida que havia em ti.
Debora de Paiva
TU E EU

Gostaria desse jeito seu,
Tão meu.
Desses olhos seus,
Nos meus.
E de nós, a sós.

04/08/2009
DEBORA DE PAIVA

sábado, 13 de junho de 2009

12/06/2009
Pirlimpimpim

Escrevo e passa
Se não passa escrevo.
O que seria dessa garota,
Sem o pirlimpimpim
Das palavras?
Debora de Paiva
12/06/2009
Não sei

Grito, grito, grito
Calo, calo, calo
Caio, levanto, caio
E sem perceber
Caio, levanto e ando.
Debora de Paiva
12/06/2009

Saudade
Incansável
Livre
E
Noturna
Crença
Inimaginável
Olhar


Debora de Paiva
12/06/2009
Me perco

Me perco de noite
Me perco de dia
Contemplando...
Contemplando... quem sabe...
Tudo.

Debora de Paiva
12/06/2009
Tão perto

Estou a dois passos de ti
E não me percebes.
Estive ao teu lado
E nem me olhares.
Canto e danço pra ti
E nem mereço sua atenção.
Decidi esperar-te,
Com a esperança de uma criança
E o sonho de um poeta.
E espero ver-te chegar feliz,
Não em um cavalo branco,
Mas com um sorriso inesquecível.
E ao vê-lo poderei contemplar,
Quem nunca vi e tanto espero.
Debora de Paiva

quarta-feira, 10 de junho de 2009

ganhei uma poesia!!!!

Belo jardim
Antes eu passava na frente do jardimPassava por ali e o achava belo, muito belo.Um jardim bem cuidadoPodia ver o vôo dos beija-floresA beleza das folhas secas do outonoE as flores que ganhavam cores na primaveraMas eu apenas passava por ali.
Um dia porémAtravessei a divisão ilusória que me separava daquele jardimSimCaminhei por sua grama verdeE parecia que a cada passo encontrava a explicação para que ela estivesse tão vivaAté que olhei aquele botãoSem pressa, sem passar apenas os olhosEnxerguei aquele botão, não sei por quanto tempoE ele foi desabrochando e esse desabrochar foi me revelando sutilmenteCada palavra amiga, cada gesto humano, cada aspecto forte de um personagem que pensaE vive o que pensa...Esse personagem da vida real que deixa a marca dos passos por onde passa.
Só posso imaginar um belo jardim, bem cuidadoSe eu visualizar a imagem da sua alma.
Rosicleide David 03/ junho/ 2009

quinta-feira, 7 de maio de 2009

do meu querido amigo Almendanha

Minha infânciaQue saudades da minha infânciaDaquela criança cheia de vidaQue corria tanto atrás de pipaDescendo descalço pela avenidaQue vontade eu tenho de ser criança!E de brincar a tarde inteiraDe pega-pega e esconde-escondeEscutando Xuxa num alto-falanteE subindo o pé de jabuticabeiraAh! Que saudade é essa que me balança!Que me faz voltar a ser uma criançaQue gostava de jogar bolinha de gudeE de beber tanto YakultQuantas lembranças se têm amiúdeQue saudades eu tenho da minha infância!Em que assistia tanto os trapalhõesE o programa de Sergio MalandroA alegria é algo que amoQue pena ela passar em poucos anosAh! Que saudades eu tenho de ser criança!
De ir pra escola com o meu tênis congaE de pintar com giz de cera e lápis de corO desenho de alguma florNo caderno de caligrafia do meu amorQue saudades eu tenho da minha infância!De brincar com o meu saco de brinquedoE de jogar no Atari vários gamesComo a infância é de repentePassa e a gente quase não senteAh! Que saudades eu tenho da minha infância!Em que nosso pai nos levava para feiraTodos os sábados de manhãzinhaQue frio era aquele que tanto sentiaParecia com a saudade que não tinhaAh! Que saudade é essa que me faz criança!De tanto querer voltar no tempoE fazer todas estas coisas que tanto gostavaQue tristeza é esquecer o que tanto amavaÀs vezes é difícil recordar o que se passavaQue saudades eu tenho da minha infância!

São José dos Campos, 7 de maio de 2009
Poeta Almendanha

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Sem Cifras
06/05/2009

Gostaria de decifrar-te,
Mas é impossível.
Alguém tão sublime,
Não se compara a letras cifradas de músicas,
Pois não se trata de alguém redondamente perfeita,
Mas que mesmo errante,
Está a procura do que há de melhor para o filho.
Pode não ser uma princesa,
Mas governa como Rainha.
Nem sempre tem dinheiro na mão,
Mas seu coração é um diamante,
Mesmo diante das aflições humanas.
Apesar de todas estas características cintilantes,
Não posso decifrar-te,
Pois és Maria ou Joana,
E tem suas peculiaridades.
Mas sei que posso afirmar,
Que falo de um ser inconfundível no universo.
O ser humano, Mãe!

Debora de Paiva

domingo, 3 de maio de 2009

Filhos da Burocracia

A cada criança que passa vagandopelas ruas
Vejo um calhamaço de papel
Rodando de mesa em mesa
Acrescentando carimbos e relatórios
Mas nunca solução
A Burocracia não perdoa quem tem pressa de ser gente


Franklin Maciel

terça-feira, 28 de abril de 2009

Mistério de Amor
José Paulo Paes

É o beija-flor
Que beija a flor

Ou é a flor
Que beija o beija-flor?

domingo, 19 de abril de 2009

SUPER HERÓI
19/04/2009


UM DIA ME DISSERAM QUE AS NUVENS NÃO ERAM DE ALGODÃO
E QUE A VIDA NÃO SERIA TÃO FÁCIL DE SER VIVIDA.
QUE EXISTEM HOMENS CIENTES DO QUE DESEJAM
E OUTROS UM POUCO PERDIDOS ENTRE OS CAMINHOS.
E ATÉ MESMO QUE EU TAMBÉM ME SENTIRIA UM POUCO PERDIDA,
POIS ELA É FEITA DE FASES, E NÃO SABEMOS O QUE NOS VEM.
ENFIM, SEI QUE NÃO SOU SUPER HERÓI,
MAS POSSO SER SONHAR SER UM.
E POSSO FAZER "MAGIAS" COM O QUE TENHO NO PRESENTE,
SENDO ASSIM POSSO FAZER PARTE DE MINHA HISTÓRIA
SER A MELHOR POSSÍVEL, VIVENDO MEU MELHOR A CADA DIA.


domingo, 29 de março de 2009

POESIA

Com ela chego onde não saberia ir.
Tenho certeza dos meus sonhos e que irei alcançá-los.
Manifesto meus pensamentos, desejos, amores e proclamo a vida!
A poesia é a libertação da alma!

29/03/2009

ESTAÇÕES

29/03/2009

Dia de sol e chuva
Ameno e um tanto quanto intrigante
Verão só da alma, frio do espaço.
Onde estão os amantes?
No jardins do outono.
Onde se encontram as crianças?Faça chuva ou sol, com certeza brincando
Com as flores da primavera
Onde estão os tristes?No inverno de sua solidão.
Dia de sol e chuva
Perfeito encontro das estações e emoções.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Passos a procura de ti
25/03/2009

Passos largos a procura de ti;
Descalços,
simbolizando vontade máxima de alcançar.
Sem parada,
pra chegar o quanto antes.
Olhos sempre à frente,
pois não há mais como recuar e retornar.
Sem cessar,
porque é preciso lhe encontrar e continuar a caminhar.
Desta vez não mais sozinha.

sábado, 14 de março de 2009

do meu querido amigo Giovani

À procura do Amor no Espaço"

Há poetas que procuram a vida
Há mulheres que sonham amar
Enquanto o mundo grita na matilha
Eu e você seguimos na luz do luar
Ainda que as estrelas se calarem
E ficarmos perambulando à deriva
Contemplaremos elas brilharemSentindo-as em nossa alma viva
Não procuraremos mais um amor locutor
Desejamos mesmo é um pra vivermos!
Para nunca mais precisarmos de um tradutor
Pois já estamos cansados de sonhar
E nos prepararmos para o que dizê-lo
Acho que somos estrelas para se alugar

São José dos Campos, 14 de março de 2009

Poeta Almendanha

domingo, 8 de março de 2009

Multifaces
08/03/2009

Nasci para ser amada e respeitada
E há quem se esqueça disso.
Mas lhe faço lembrar:
Que sou eu que amo com o coração
E me entrego, muitas vezes, sem pensar,
Por isso mereço reciprocidade,
Se não podes dar-se me deixe ir,
Mereço ser feliz, pois sou Mulher.
Mulher que ama, por isso chora, espera,
Dedica-se.
Mas, meu nome não é só Mulher é:
Além de esposa e mãe, professora, diarista
Assistente social, presidente, atriz,
Do lar e até rainha.
Sou mesmo guerra e paz e multifaces.
Nasci para amar e ser amada.
Portanto, me ame, pois sou mulher.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Tímido Pôr-do-Sol

04/03/2009

Ele nem sabe que o paquero todos os dias.
Tenho estado ao seu lado a cada repousar.
Sabe... eu nem me lembrava dele,
Mas hoje percebo, o quanto é lindo.
Me parece que a cada dia vai se recolhendo de forma diferente.
Há dias em que está bem forte, parece estar com um rubor na face,
Talvez por desconfiar que o observo.
Porém, há dias em que está com um tom mais fraco.
Mesmo assim, estou sempre o espiando.
Não sei se me percebes, mas não me importo.
O que me interessa é lhe espiar todos os dias, como se fosse o último a lhe ver.
Como se fosse o único ser apreciável da natureza.
Me interessa lhe procurar e encontrar infinitamente, meu tímido pôr-do-sol.

segunda-feira, 2 de março de 2009

CRIANÇA = PROEZA

02/03/2009

A criança se revela
pela verdade, pureza e simplicidade.
Tão singela como uma flor,
doce como o mel
e indispensável como o ar.
Pequena proeza de Deus!!!

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Malandragem
Cássia Eller
Composição: Cazuza / Frejat
Quem sabe eu aindaSou uma garotinhaEsperando o ônibusDa escola, sozinha...Cansada com minhasMeias três quartosRezando baixoPelos cantosPor ser uma menina má...Quem sabe o príncipeVirou um chatoQue vive dandoNo meu sacoQuem sabe a vidaÉ não sonhar...Eu só peço a DeusUm pouco de malandragemPois sou criançaE não conheço a verdadeEu sou poetaE não aprendi a amarEu sou poetaE não aprendi a amar...BobeiraÉ não viver a realidadeE eu ainda tenhoUma tarde inteiraEu ando nas ruasEu troco um chequeMudo uma planta de lugarDirijo meu carroTomo o meu pilequeE ainda tenho tempoPrá cantar...Eu só peço a DeusUm pouco de malandragemPois sou criançaE não conheço a verdadeEu sou poetaE não aprendi a amarEu sou poetaE não aprendi a amar...Eu ando nas ruasEu troco um chequeMudo uma planta de lugarDirijo meu carroTomo o meu pilequeE ainda tenho tempoPrá cantar...Eu só peço a DeusUm pouco de malandragemPois sou criançaE não conheço a verdadeEu sou poetaE não aprendi a amarEu sou poetaE não aprendi a amar...Quem sabe eu ainda souUma garotinha!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

lindo...

Amor de Índio
Roupa Nova
Composição: Beto Guedes - Ronaldo Bastos
Tudo que move é sagradoE remove as montanhasCom todo cuidado, meu amorEnquanto a chama arderTodo dia te ver passarTudo viver a teu ladoCom o arco da promessaDo azul pintado pra durarAbelha fazendo melVale o tempo que não voouA estrela caiu do céuO pedido que se pensouO destino que se cumpriuDe sentir seu calor e ser todoTodo dia é de viverPara ser o que for e ser tudoSim, todo amor é sagradoE o fruto do trabalhoÉ mais que sagrado, meu amorA massa que faz o pãoVale a luz do teu suorLembra que o sono é sagradoE alimenta de horizontesO tempo acordado de viverNo inverno te protegerNo verão sair pra pescarNo outono te conhecerPrimavera poder gostarNo estio me derreterPra na chuva dançar e andar juntoO destino que se cumpriuDe sentir seu calor e ser tudo
Felicidade
À Dulce
16/02/09

Há pessoas que procuram
Pela felicidade e nunca a encontram.
Você a encontra tão facilmente
Como pássaros nos jardins,
Pois pra ti a vida é a felicidade.
Desejo que assim seja sempre!
Rosa Morena
À amiga Simone
12/02/09

Uma Rosa como tu,
É agradável e incomparável.
Seu aroma é indispensável para o mundo.
És pétala rosa morena.
Tua
16/02/2009

Por um instante, pude
até sentir-te.
Mas era somente o vento,
sussurrando seu nome aos meus ouvidos,
e amaciando meus cabelos.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Cerezol
13/02/2009
Está em funcionamento o que chamamos de cérebro:
Uso: contínuo e de forma inteligente.
Composição: massa encefálica.
Contra-indicação: não deixe de alimentá-lo sempre, pois pode tornar-se arma fanática de ignorância.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Se imagine neste quadrado

City Quadrado
10/02/2009

Estava em um quadrado,
ou o quadrado em mim?
Sabe que me perdi dentro do quadrado?
Quando dei por mim, estava em um quadro.
Bela paisagem!
Eu, no Egito, mas que facilidade.
É, dizem que é coisa da tecnocidade.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

"O amor é formado de uma só alma, habitando em dois corpos".

Aristóteles

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Ser moderno

07/02/2009
Homem moderno.
Avança e retrocede
ao mesmo tempo.
Cria máquinas ambulantes,
e dá de beber as calçadas.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

de som a som
ensino o silêncio
a ser sibilino
de sino em sino
o silêncio ao som
ensino.
Paulo Leminski

sábado, 31 de janeiro de 2009

Permissão de si
29/01/2009

Me permita,
Ao menos olhar-te.
Não posso lhe tocar,
Mas não é proibido olhar-te, certo?
Me permita.
Peço permissão,
Para olhar-te,
Por mais uns segundos infinitos.
Porém, confesso,
Que lhe admiro de longe,
Pois seria impossível
Estar ao lado,
E não lhe tocar.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009


Currículo de Vida
26/01/2009

A vida pode ser comparada a um currículo,
Pois nela estão contidas experiências.
Por ela passam pessoas, atos, fatos, falas,
Sentimentos, emoções, conquistas, obstáculos,
Cores, sons e movimentos.
Espaços, os quais se tornam lugares, se os damos significados.
A vida pode ser e deve ser assim como um currículo,
Sempre incrementada de novas experiências.
Cada um deve escrever ou reescrever seu currículo,
Não há quem o faça por nós,
Porque somos semelhantes,
Mas seres únicos.
Quero
29/01/2009

Tenho inveja do sol que te aquece.
Tenho inveja da chuva que molha seus cabelos.
Não perdoo quem te chateia.
Sou capaz de gritar seu nome,
E fazê-lo ecoar em um arranha-céu.
Sou capaz de debruçar-me sob o que temo,
E fingir que não estar assustada.
Não posso ser somente sua admiradora.
Não quero estar em sua lista de amigos.
Quero completar seu ser.
Almejo seguir contigo e perpassar qualquer...
Qualquer rochedo ou dilúvio.
Quero ser sua cúmplice, meu amado “abrigo”.
Quero ser inimiga da saudade e do amor platônico.
Não quero sonhar, quero realizar.
Quero você!

domingo, 25 de janeiro de 2009

Voz de Profeta
23/01/2009

Ele vos falou,
Ele vos anunciou,
E enfim os chamou,
Não houve como
Ressistir, pois Ele,
Seduziu-vos.
Sua voz era doce,
Suave e poetisava,
Pois era profeta.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A CURA
27/07/208

A cura está no contato, no tato, no ato.
É o contato que cura.
Nada substitui o contato visual,
É o olhar que cura.
Na verdade... a presença visual, corporal e sentimental é a cura do homem.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Poemeto
13/01/09


Já que a moda é diminuir, eis um poemeto.
Poeminha de promessa, de jura e amor.
Primeiro amor... entrega do mais puro sorriso e do sincero sentimento.
Início da paixão lunar, de profecias e Vinícius de Moraes.
Paixão pelos trovadores, heróis e princesas medievais.
Amor sem interesses. Somente de carinhos inocentes.
Mistura de paixão e amor, com combinação de estrondosa felicidade.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Panacéia
12/01/2009

Pan – olimpíadas,
Pan – carnaval,
Pan – fórmula 1
Pan – manchete de jornal,
Pan – crise mundial,
Pan – noticiário plantão,
Guerras orientais e
panacéias globais.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Cupim da Realidade
10/01/2009

Fujam! Ela está aí,
Desde que o mundo é governado por nós.
Oh, não! Não deixemos que ela alcance seu plano.
Ela, ela, não deve nos enfeitiçar.
Cuidado! Ela se alastra com um simples canto de sereia.
Tem sido uma epidemia,
E transforma a vida em caos.
Devemos, devemos ser fortes.
Fortes como animais,
Como hienas em fúria.
Certos do que não queremos.
Prontos para recusar seu plano de ser cupim da realidade.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Coisificação do Homem
18/10/2008

Quisera ele entender o porque, eu lhe disse:
O homem está “coisificado”.
Quando lhe toco nem consigo
Sentir seu órgão pulsador.
Quando pego-lhe as mãos
Tão pouco sinto o calejo.
Não consigo conversar com ele,
Ele tem uma mesa de poker
E eu uma vara de pescar,
Uma máquina do futuro
E eu poesias e livros.
Consegue projetar-se ao longe
E eu somente no espelho e nos sonhos.
Mas, sei que algo tenho de muito valioso
Que ele não tem.
Não tenho como ele, mas sou,
Sou eu que existo,
Que sei viver e não me perco em finezas,
Mas me perco entre os simples
Que sabem rir, abraçar e viver bem
A dádiva da vida.

Informatização do Amor
18/10/2008

Conversas informatizadas,
Opções das transformações rápidas do mundo.
Perguntas como quer teclar ou quem é você?
Soam romantismo robotizado.
E se perde por vezes o primeiro olhar, pois
Hoje está na moda o primeiro teclar.
E o abraço, esse é um abraço virtual
Que não satisfaz quem distante está
E somente disfarça a saudade.
E o amor, esse fica perdido entre fios, abreavições e teclas.

Sabedoria Ingênua



18/10/2008

Quando penso eu que não sabes, me engano,
Porque sabes tudo que não sei.
A simplicidade transpassa sua pele e vida.
Nas horas a fio tens muito a dizer
E eu somente a vislumbrar cada sopro e expressão em seu falar.
E me pego decidida que nada sei
Diante de sua sabedoria tão ingênua e discreta que repercute luz e calmaria a vida.
"Desrespeitanto os fracos, enganando
os incautos, ofendendo a vida,
explorando os outros, discriminando
o índio, o negro, a mulher não estarei
ajudando meus filhos a ser sérios,
justos e amorosos da vida e dos
outro. "(p.67)
Paulo Freire

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Sentimentos Soltos
29/01/08


Sentimentos não são medidos,
Nem tão pouco compreendidos.
Sentir é voar sem saber que se voa,
E por vezes nem o por que.
Soltos são os sentimentos,
Como quebra-cabeças, tentamos encaixá-los a um esquema definido.
Pobres homens, nunca conseguirão montar os sentimentos,
Pois suas peças se encontram no coração,
E este órgão bate forte não com a razão, mas, como algo que não se pode ver,
Simplesmente sentir.
Então, novamente sentimos, simplesmente sentimos...
Será que sentimos e somos, ou somos e sentimos?
O que podemos dizer sobre isto?
Nada, pois somente sentimos.
Análise
02/12/2008

A vida o que é?
Não sei.
Sei que a vida tem duas raízes,
O bem e o mal.
Sei que a espera no outro sempre é grande,
Mas que em nós mesmos muitas vezes.
Sei que erramos quando buscamos sozinhos,
E também quando não buscamos, porque estamos sozinhos.
Sei que a independência nem sempre é a que queremos,
Mas também não permitimos que o outro se liberte.
Sei que a vida é procura constante, de sei lá o que...
Não sei o que é a vida,
Mas sei que ela existe,
E os personagens dela somos nós,
Que não precisamos compreendê-la e sim vivê-la,
Da melhor forma, sendo a paz a melhor medida.

Lapida-me Pai
(18/11/07)

Pai, lapida-me, lapida-me
Misericórdia de espinhos,
Salvação de Chagas,
Se tu é meu Pastor, não temerei
Não, eu não cairei por terra.
Lapida-me como diamante,
Molda e retira as amarras do meu coração.
Lapida meu Ser, como se lapida uma jóia rara.
Pai, clamo por sede e fome de amor.
Seu amor invade minha alma
Teus olhos reconhecem minha angústia
Minhas lamúrias e já não posso
Mais com as correntes, com o mar em fúria.
Lapida-me como argila, nas mãos do artista.
Que eu seja uma obra de arte em tuas mãos.

RECEITA DE FELICIDADE POR CARLOS DRUMMOND

Desejo a você...
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não Ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender uma nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho brancoBolero de Ravel
E muito carinho meu.

A natureza se esvai...
2006

A natureza é pureza, inocência, é transparência e também extrema indefesa.
Nós somos egoístas, a ponto de não deixarmos que nossos filhos, vejam o mar que um dia vimos, e que hoje vai sumindo... se esvaindo...
Não somos capazes de preservar o que é nosso, está aqui, frente aos nossos olhos e que nos garante a vida.
Ela é como mãe que adota e cuida, mas, somos filhos ingratos.
O mesmo mar que nos restaura, que nos alegra, já não é o mesmo, tudo flui.
Não deixaremos que outros possam descansar e se encantar com esse mar. Talvez, também nós, não possamos terminar nossas vidas observando o mar, e o vento que nos refresca, nem mais eco fará.
É... nossas escolhas estão cada vez mais imundas, como o mar. Já estamos deixando pobreza, desgraças, deixaremos-os também sem ar?
Estão sempre a nos alertar, mas o homem é feito de teimosia, rebeldia e vaidade.
O mar nos implora, nos clama através dos alarmes, mas o mundo capitalista não nos permite sequer meditar. Muitas vezes nem sabemos o que fazemos, porque fazemos e nem nos conhecemos!
Mesmo assim, a natureza não desiste de nós, pois todo dia não me falta ar pra respirar! Pra mim, e pra você falta?
Salvemo-la! Está sumindo... e cada vez vai se esvaindo... está indo... indo... ndo... do... d... o

A Libertação do Fim

A Libertação do Fim

Estávamos envolvidos pelo encontro angelical dos anjos, porém, permanecia o momento do despertar.
Tudo bem que faltasse diálogo, deveras faltasse amadurecimento.
Não era eu tua águia, mas nem tu meu beija-flor.
A liberdade que tu desejava de mim, a ti não pude ofertar.
E o enlaçamento a mim, tu também não pudeste apresentar.
Na verdade foi a “luta dos contrários”. Eu te libertei e tu ficaste preso a mim, por perdurosos e finalmente dias...

PÉTALA MULHER

Pétala
Azul anil,
És muito mais do que já se viu e sentiu
Recobres teus jardins, com o que mais belo
Podes oferecer.
Nem percebes que seu viver se concretiza no estupendo do amor.
Podes desejar, fazer e ser, tudo o que quiseres.
Possui autonomia singular e admirável.
És quem és, e por tudo que és,
Somente podes ser “mulher”.




08/03/2008
Debora de Paiva